quinta-feira, 31 de outubro de 2013

                                       MESTRE PASTINHA


            Mestre Pastinha, nasceu em 5 de abril de 1889, descendente de pai espanhol e mãe baiana, foi batizado em 1889 com o nome de Vicente Joaquim Ferreira Pastinha na cidade de Salvador-Ba. Conta-se que o princípio de sua vida na roda de capoeiragem aconteceu quando tinha 8 anos, sendo seu mestre o africano Benedito, o que ao vê-lo apanhar de um garoto mais velho, resolveu ensinar-lhe as mandingas, negaças, golpes, guardas e malícias da Angola. O resultado veio logo aparecer, Pastinha nunca mais fora importunado por ninguém.
Pastinha foi nas rodas de capoeira um autêntico mestre, um bamba na luta. Sua capoeira era mais primitiva e seu primeiro aluno foi Raimundo Aberrê, este se tornou um exímio capoeirista, conhecido em toda Bahia. Ele contribuiu categoricamente com o seu talento e dedicação à capoeira para que a sociedade baiana e brasileira percebessem a capoeiragem como uma luta-arte imbatível, guerreira, que está além dos paupérrimos preconceitos que há na sociedade.

            Pastinha dizia: "A capoeira tem muitas coisas. Primeira parte; a capoeira tem seu dicionário; segunda parte: tem seu dicionário; terceira parte: tem seu dicionário e quarta parte: tem seu dicionário". Ensinava que quando alguém fosse falar sobre capoeira dissesse somente o que sabia, "não vá dizer que a capoeira é o que ela não é, nem vá contar o que não viu ninguém falar, então, não  contar aquilo que não pode contar.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

   Bom dia aos Guerreiros, nos últimos posts falamos a respeito de uma das lendas do boxe, Muhammad Ali e falando em lendas do boxe não pode ser ignorado ele que é considerado um dos maiores lutadores de boxe profissional da história, Mike Tyson, Mike Tyson teve um desenvolvimento físico precoce. Aos 12 anos pesava mais de 80 kg, com musculatura bem avantajada para um garoto; aos 15, já era um peso pesado veloz e nocauteador; aos 18, nem mesmo seu treinador ficava de pé; aos 20 anos, tornou-se campeão mundial, o mais jovem peso pesado a conseguir este feito. Obviamente haveria consequências para tamanha performance num período tão curto de tempo. Assim, quando Tyson completou 30 anos, já era possível perceber que precocemente também estava perdendo seu vigor físico, a devastadora temporada de nocautes e títulos mundiais chegava ao fim para Mike Tyson.
  Mike Tyson teve uma infância difícil depois de o pai abandonar o lar quando ele tinha apenas dois anos. A sua juventude ficou marcada pelo STIB e foi internado aos 11 anos, em um reformatório para jovens delinquentes, onde se iniciou no boxe, motivado pelo director da instituição, que era um antigo pugilista. Aos treze anos foi descoberto pelo treinador Cus D'Amato que passou a ser o responsável pela sua carreira. No entanto, no ano seguinte, Mike Tyson passou a ser orientado por Jan Vojik, ele foi campeão mundial olímpico dos pesos medios aos 14 anos de idade.
Em 1981, com 15 anos, tornou-se campeão juvenil de boxe dos Estados Unidos da América para, no ano seguinte alcançar o título mundial do mesmo escalão etário. Em 1983 zangou-se com Atlas e voltou a trabalhar com Cus D'Amato e foi sob a orientação deste, que em 1985, deu-se a sua passagem para o boxe profissional. Logo no primeiro ano ganhou os 15 combates em que participou, 11 deles por K.O. (knock-out) no primeiro round.
Em 1986 um mês depois de Cus D'Amato falecer, Tyson impôs-se definitivamente como campeão e ficou conhecido em todo o mundo. A mais importante das 13 vitórias do ano aconteceu a 22 de Novembro quando, ao derrotar Trevor Berbick, conquistou o título mundial de pesos pesados do Conselho Mundial de Boxe (WBC). Com 20 anos, foi o mais jovem pugilista a alcançar esse feito.
No ano seguinte, conquistou também os títulos mundiais da Federação Internacional de Boxe e da Associação Mundial de Boxe e em 1988 venceu três combates contra pugilistas de renome. Todos por K.O. antes do quarto assalto.
Ainda em 1988 casou com a atriz e modelo Robin Givens que, no ano posterior, pediu o divórcio. Em um programa de televisão, alegou que Tyson era, em suas palavras, maníaco-depressivo. Estes problemas afetaram a carreira do pugilista, que só combateu por duas vezes em 1989, embora tenha vencido os dois desafios. O mau momento ficou confirmado em 1990 quando, a 11 de Fevereiro, foi batido no Japão por Buster Douglas com o K.O. ao décimo assalto, perdendo os seus três títulos mundiais.
Em 1990 e 1991 venceu os quatro combates em que participou e, entretanto, desafiou para um combate o novo campeão mundial Evander Holyfield, também norte-americano.
Em Julho de 1991 fez parte do júri do concurso Miss América, mas acabou acusado de violação por uma das participantes. Enquanto aguardava o julgamento continuou a treinar, mas lesionou-se e teve de adiar o combate com Holyfield.
Em Março de 1992 Mike Tyson foi condenado a seis anos de prisão, mas devido ao bom comportamento só cumpriu metade da pena. Saiu da prisão em Março de 1995 e cinco meses depois voltou a combater, exatamente no dia 19 de agosto de 1995 no MGM Grand Garden, para derrotar um desconhecido pugilista irlandês Peter McNeeley, auto-apelidado de O Furacão Irlandês aos 89 segundos do primeiro assalto. Pela vitória Tyson recebeu 25 milhões de dólares, e McNeeley levou 700 mil dólares.
Em 1996 voltou a combater e a vencer, o que o levou a desafiar de novo Holyfield. A 9 de Novembro desse ano o combate teve lugar e Holyfield ganhou, mas Tyson pediu logo a desforra. Os dois pugilistas voltaram a encontrar-se em 28 de Junho de 1997 para o que chegou a ser chamado de combate do século. Mas, a 40 segundos do final do terceiro round deu-se o inesperado: Tyson mordeu a orelha de Holyfield, o que levou à interrupção do combate. Reatado o duelo, Tyson voltou a morder a orelha do oponente e acabou por ser desclassificado, ele afirmou que só fez aquilo em resposta a repetidas cabeçadas que vinha recebendo de Holyfield (no primeiro confronto entre os dois Mike também havia reclamado sobre as cabeçadas de Holyfield), gerando uma luta no ringue entre as equipes de apoio dos dois pugilistas. Tyson perdeu o combate e foi banido por um ano da competição. Após cumprido o castigo o pugilista nova-iorquino voltou a combater e a vencer, mas já muito longe da melhor forma.
  A polêmica luta de Tyson e Holyfield repercutiu no mundo inteiro e por muito tempo tornando-se uma luta épica.
  Tyson hoje tem uma carreira vasta em públicidade, comerciais, televisão e cinema.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Comentários da aula de Muay Thai

A aula prática ministrada pelo professor de Muay Thai Gilvani Augusto Criminacio Júnior à turma de Educação Física da 6ª Fase foi incrível, o professor e toda sua equipe muito bem preparados trouxeram suas experiências cotidianas para dentro da sala. O Muay Thai trabalha com coordenação motora, disciplina, condicionamento físico, concentração, alívio do estresse, socialização entre outros fatores. As atividades propostas para a turma foram estruturadas para que todos os alunos pudessem participar e realizar a pratica. A estrutura da aula consistiu em aquecimento inicial que por sinal muito intenso, eu mesmo estava super cansada só com o aquecimento, houve então a realização de um circuito como desenvolvimento da parte principal consistente de golpes de combate em pé, onde foi realizado um combinado de punhos, cotovelos, joelhos, canelas e pés, conhecida como "a arte das oito armas", estando associada a uma boa preparação física e posteriormente um alongamento final.
Foi muito divertido. Parabéns ao professor e toda sua equipe pelo trabalho e aos alunos que participaram com certeza uma experiência incrível e talvez única para muitos.
Lilian Berlanda 

              Então... falando a respeito da aula de Muay Thai no qual tivemos a oportunidade de receber o Professor Mestre Gilvani Augusto Criminacio Júnior e toda a sua equipe, posso dizer que quem não pode fazer a prática e vivenciar o que ele nos passou perdeu uma chance e tanto!!! A sua didática é ótima e acredito que quem viu de fora também pode absorver muita coisa, porém quem estava lá... no tatame... com certeza agregou muito mais! Penso que quando sentimos, vivenciamos alguma coisa, e não só ouvimos falar, a chance de lembrarmos mais tarde é bem maior... sei que essa experiência iremos levar pra toda vida (assim como todas as outras experiências que tivemos nesta matéria), pelo menos alguma coisinha há de ficar guardada. 
               O que tivemos não foi só uma aula, mas também um treino que, apesar de ter sido de uma forma mais reduzida, podemos vivenciamos como se desenvolve um treinamento de Muay Thai de um indivíduo que busca ser um praticante desta arte marcial. A maneira como foi estruturada a aula, toda a sequência seguida, suas explicações durante todo o desenvolver fez com que os participantes (de um olhar de dentro do tatame), não desviassem a atenção dele. Tanto que uma boa parte dos alunos, ao termino da aula (tanto os que já conheciam a modalidade até mesmo os que ainda não conheciam) ficaram interessados em iniciar um treinamento de Muay Thai... Acredito que tudo aquilo que a modalidade oferece o professor conseguiu mostrar de forma clara... falando a respeito da história, de toda uma cultura e filosofia que vem sendo seguida, até a sua prática em si! Sou suspeita a falar, pois sou uma amante de lutas e das artes marciais hehe... Adorei a aula!!! Parabéns e obrigada ao Mestre e sua equipe....

Jaqueline Duarte


            Os treinos de Moay Thay iniciam com um aquecimento com corridas, polichinelos, saltos, alongamentos, flexões de braços, abdominais e agachamentos. O treino segue com o aperfeiçoamento de socos, chutes cotoveladas e joelhadas.
É uma aula que exige bastante do corpo, mas os benefícios oferecido através de uma aula de Muay Thai são inúmeros, fazendo todo o esforço valer a pena. Há um ganho significativo de flexibilidade, tendo ainda uma maior tonificação da musculatura, sendo uma ótima alternativa para melhorar a forma e o condicionamento físico.  

Marisa Biesdorf

O Muay Thay é uma arte marcial muito conhecida, considerada a luta das 8 armas, pois pode-se usar as mãos, pés, joelhos e cotovelos. A aula prática realizada pelo professor Gilvani foi um grande aprendizado, aprendemos além de golpes, respiração, o respeito, a concentração e temos a certeza de que vamos levar para toda a vida o aprendizado adquirido na aula prática de Muay Thay e de todas as artes marciais já vivenciadas!

Lucas Doerner     

Sem dúvidas a experiência vivida na aula prática de Muay Thai foi de grande importância e nos proporcionou alem da sensação de vivenciar a aula ( para quem fez a prática) nos passou a ideia do que é o dia-a dia de um atleta ou de alguem que vive essa filosofia da arte marcial, toda a disciplina todo o foco no treinamento todas as inumeras dificuldades encontradas e mesmo assim ainda fazendo isso com alegria pois sem duvida ficou muito na cara que é isso a vida deles, eles realmente fazem o que amam e amam o que fazem!!! O professor Gilvani ministrou uma aula teórico prática de ótima qualidade a nível de ensino superior, dando um show de didática e claro expondo todo seu conhecimento dentro desta área, proporcionando a nós acadêmicos uma experiencia a ser levada para todo o curso.

Vinicius Marcelino

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A Lenda Do Boxe - MUHAMMAD ALI

“Quem teria pensado que uma moto roubada foi a chave para o início da história de Muhammad Ali? Mas foi. Em 1954, em Louisville, Kentucky, a bicicleta de 12 anos de Cassius Marcellus Clay foi roubada, enquanto ele e um amigo estavam no Auditório Columbia. O jovem Cassius encontrou um policial em um ginásio, Joe Martin, e fervendo de raiva juvenil, Martin disse que ia "whup" quem roubou sua bicicleta. Martin advertiu: "É melhor você aprender boxe primeiro." Dentro de semanas, 89 quilos Cassius teve sua primeira luta, e sua primeira vitória. Durante os próximos 27 anos, Cassius seria neste ringue. Mesmo em sua juventude, ele tinha o sonho de ser campeão mundial dos pesos pesados​​. Mas, sua vida iria mudar como nenhum vidente poderia ter previsto.”  - por Gregory Allen Howard, um amigo de Ali, o roteirista premiado de Duelo de Titãs.

O COMEÇO
Jovem Cassius se dedicou ao boxe com fervor inigualável por outros jovens boxeadores. Na verdade, era sua única atividade. Como um adolescente, ele nunca trabalhou. Ele boxeava e treinava. Ele tinha 108 lutas amadoras. De acordo com Joe Martin, Clay se diferenciar dos outros garotos por duas coisas: Ele era "atrevido", e ele treinava todos os outros meninos. O trabalho valeu a pena: 6 Kentucky Golden Gloves campeonatos, dois Golden Gloves campeonatos nacionais, dois títulos nacionais AAU antes ele tinha 18 anos de idade. E o filho de Odessa, a quem ele carinhosamente chamado de "Pássaro", e Cassius sênior, "Cash", para todos, ganhou a medalha de ouro olímpica em 1960, em Roma meses após seu 18 º aniversário.
Embora Cassius tenha voltado para casa para um desfile, Louisville ainda estava, em 1960, parte do sul segregado. Mesmo com uma medalha no pescoço, Cassius foi recusado para serviço em um restaurante local.
Na época, Cassius foi gerido pelo Grupo Patrocínio Louisville, um consórcio de ricos empresários brancos locais. A LSG, como ficou conhecido, colocar jovem Cassius com o veterano treinador, Angelo Dundee, após tentativas fracassadas com a Mongoose, Archie Moore, e uma virada para baixo por Ali ídolo do boxe, Sugar Ray Robinson.

CEDO
Com Dundee no seu canto, a partir de sua base de Miami, Cassius abriu caminho através da divisão dos pesos pesados ​​com seu estilo pouco ortodoxo que desafiou a lógica de boxe. Ele era um "caçador de talentos". Ele nunca jogou tiros no corpo (ele adotou esse estilo em sua juventude, porque ele tinha alcance e porque ele não queria chegar perto o suficiente para ser atingido). E ele "dançou". Por causa de Clay, de pernas poderosas, talvez o mais forte da história do boxe, ele literalmente flutuava no ringue. Ele inventou o "Ali shuffle," uma manobra de pé onde ele iria elevar-se, embaralhar seus pés em um borrão deslumbrante, e às vezes desferir um golpe enquanto dança.

O terceiro elemento que Clay trouxe para o boxe era sua boca. Ele nunca se calava. Ele se tornou conhecido como "O Lip Louisville." Era mais do que brincadeiras, era uma arenga constante. Numa época em que os pugilistas nunca falavam aos meios de comunicação seus gerentes sempre falavam para eles - Clay fez tudo falando. Ele chegou ao ponto de prever o round. "Para provar que eu sou grande ele vai cair no oito!"

CONTROVÉRSIA
Durante o treinamento para sua disputa pelo título contra o campeão dos pesos pesados, ​​o temível Sonny Liston, Clay conheceu Cap'n Sam, a Nação do Islã ministro da mesquita Miami local. Cap'n Sam introduziu Cassius a porta-voz da NOI, Malcolm X. Malcolm e jovem Cassius colado em um nível profundo. Malcolm trouxe Cassius na Nação do Islã. Apesar das chances 7-1, Clay chateado com Sonny Liston em Miami e se tornou campeão mundial dos pesos pesados ​​em 1964. No dia seguinte, Clay anunciou ao mundo que ele era um membro da Nação do Islã e que seu nome era Cassius X. O X refletindo o nome desconhecido que lhe foi tirado pelos proprietários de escravos séculos antes.
A resposta nacional foi imediata, negativa e intensa. Cassius X, que em breve seria dado o nome de Muhammad Ali, pelo fundador do NOI, "O Mensageiro", o honorável Elijah Muhammad, optou por desvincular-se de seu amigo e mentor Malcolm X após o Mensageiro suspenso Malcolm. Herbert Muhammad, o filho mais velho de Elias, foi empossado como novo gerente de Ali como Ali continuou a defender seu título contra todos os cantos. Em 1967, como a Guerra do Vietnã foi escalada, Ali foi convocado para a indução para as Forças Armadas. Ali se recusou a indução por motivos de crença religiosa. Ele era, de fato, um ministro muçulmano praticante. Esta recusa levou à já famosa citação Ali, "Eu não tenho nada contra eles Vietcong ..."
O furor nacional sobre esse comentário combinada com a recusa de Ali a ser introduzido nas Forças Armadas, fez praticamente todas as entidades estaduais e locais nos Estados Unidos a cancelar licenças de boxe Ali. A luta de Ali com Ernie Terrell ficou famoso quando Terrell indignado com Ali na pesagem, chamou-o "barro". Ali bateu-o no ringue com provocações de "Qual é o meu nome?!"

EXÍLIO
Depois de lutar contra Zora Folley março de 1967, Ali não lutou novamente por 3 anos e meio. Ele foi destituído de seu título de campeão, o seu passaporte tomado, todas as suas licenças de boxe foram canceladas. Ele perdeu uma batalha inicial no tribunal e enfrentava uma pena de prisão de 5 anos. Ali ganhou dinheiro durante o seu exílio, falando em faculdades. Ele foi a primeira figura nacional para falar contra a guerra do Vietnã. Em 1970, após o afastamento de 3 anos e meio, e com o clima do país mudando, Ali fiz seu primeiro retorno contra Jerry Quarry, em Atlanta, em seguida, Oscar Bonavena, no Madison Square Garden, em seguida, para o que foi anunciado como "A Luta do Século ", seu primeiro jogo contra o campeão invicto, Joe Frazier no Madison Square Garden em 8 de março de 1971.
Ali lutou bravamente, mas perdeu. Os dois anos e meio de exílio custaram as pernas de Ali. Ele não poderia mais dançar. Ele perdeu naquela noite no jardim, mas meses depois, ele venceu sua maior luta, a Suprema Corte reverteu sua condenação e manteve sua afirmação de consciência. Ali estava livre do fantasma da prisão, e livre para viajar para o boxe em qualquer lugar do mundo. Várias partidas seguidas, incluindo uma perda inesperada de ex-Marine, Ken Norton, uma vitória em sua próxima luta, uma vitória sem inspiração contra Joe Frazier. Mas estes jogos eram apenas uma fachada para o maior jogo da carreira de Ali: The Rumble in the Jungle. George Foreman era um campeão temível. Ele tinha trovão e destruição em ambas as mãos. Ele facilmente nocauteado Ken Norton e tinha levantado Frazier fora do tatame com um golpe.

A VOLTA
O promotor Don King tinha o governo da nação Africana de Zaire para garantir a inédita soma de 10 milhões de dólares para os lutadores. Em Kinshasa, Ali derivado força dos povos africanos. Eles adoravam. Eles gritavam, Ali Bomaye! (Ali matá-lo). Vai para a luta, Ali estava 3-1 “underdog”. O médico de luta, Ferdie Pacheco, tinha um jato pronto para espírito Ali longe de um hospital neurológico na Espanha após a luta. Mas Ali tinha outras idéias.
Por causa do calor, Ali percebeu que não podia dançar com Foreman por toda a luta. Ele inventou "The Rope-A-Dope", uma estratégia que permitiu Foreman a bater nele até ficar cansado. Seus homens de canto gritavam com ele para sair das cordas, mas Ali persistiu com sua estratégia para sete rodadas e, em seguida, na oitava rodada, quando Foreman estava gasto, Ali saiu das cordas e marcou um nocaute chocante! Ali era o rei novamente.

APOSENTADORIA
Depois do lendário "Thrilla Em Manila", o jogo de borracha contra Frazier, que alguns têm considerado a maior luta de boxe, Ali lutou e perdeu para o jovem campeão olímpico Leon Spinks. Posteriormente, ele recuperou seu título contra Spinks, tornando-se, naquela época, o único homem na história dos pesos pesados ​​para ganhar a coroa por três vezes. Ali terminou a sua carreira de 56 vitórias (37 por nocaute) e 5 derrotas.
Ali tem inspirado milhões de pessoas em todo o mundo. Ele deu às pessoas a esperança e provou que qualquer um poderia superar as barreiras insuperáveis​​. Ele deu às pessoas a coragem. Ele fez lutadores de todos nós. Este é Ali e nunca terá outro.

REFERÊNCIAS
THE OFFICIAL SITE OF MUHAMMAD ALI. Disponível em: <http://www.ali.com/index.php> Acesso em 01 out. 2013.



Lendas do boxe fazem vídeo para Muhammad Ali em comemoração ao seu aniversário de 70 anos.  http://www.youtube.com/watch?v=lJnzEz3qmrM

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Bom Amigos e amantes das Artes Marciais, no post de Hoje abordaremos um pouco sobre os preceitos, e princípios Filosóficos do Karatê, através dos 20 princípios do Karatê de Gichin Funakoshi.


Os Vinte Princípios do Karatê: O legado espiritual do mestre, Gichin Funakoshi.

  • 12 - Não pense em vencer. Em vez disso pense em não perder.

Este princípio trás em sua essência o sentido de que um verdadeiro lutador de Karatê não encara uma luta apenas com a vitória sobre seu oponente, não necessita ser o melhor (superior ao outro), mas com intuito de não deixar seu oponente mostrar ser superior e reconhecer que além que ganhar ele não perdeu.
Podemos conhecer e compreender melhor este princípio através de uma vivencia diária de um lutador de Karatê, uma vez que quando sobe no tatame no momento da luta seu foco esta sobre seu oponente de forma que almeja não somente a finalização para obter a vitória, mas consiga trabalhar com golpes que impeçam que  seu adversário marque pontos e tenha vantagens sobre ele assim luta com garra até o final da luta pensando sempre em não perder.


  • 13 – Mude de Posição de Acordo com o Adversário.

No Décimo Terceiro Princípio segundo Funakoshi, pode-se observar a importância da maleabilidade, da flexibilidade, mas não no sentido físico e sim no sentido espiritual, e comportamental, é indispensável a estratégia durante o combate no Karatê e isso que este princípio tenta abordar, Mude de Posição conforme o seu adversário, ou seja,  sua estratégia estará baseada nas ações do seu oponente você deverá agir defensivamente, o ditado; o melhor ataque é a defesa faz sentido neste caso, pois se você esperar seu oponente tomar uma atitude e tiver raciocínio rápido para a partir daquela atitude você começar a agir, você estará em vantagem, pois estará vendo aonde seu adversário vai, que golpe ele desfere, em que região e a partir disto poderá se defender com mais eficiência bem como contra atacar aonde este oponente se enfraqueceu para atacá-lo, pois a luta acaba sendo como um jogo de xadrez, você muitas vezes entrega uma peça ou um jogada com o objetivo de executar uma ação favorável a você mesmo a partir daquela.
E este princípio aplica-se não só ao combate, mas como para a vida cotidiana, o objetivo da arte marcial é não somente tratar do individuo em seu treinamento, mas em sua vida também, e é indispensável a um Karatéca a disciplina a humildade, o respeito e isso diz respeito a este princípio, nunca subestimar sempre adaptar-se, não ser orgulhoso, tomar decisões com calma a partir do que a vida te proporciona, “Mudar” de posição conforme a vida se posiciona, ser maleável com as opiniões e atitudes, suas e dos outros, saber ouvir, saber respeitar o diferente, não ser teimoso e insistir no erro, ter uma segunda opção, este é o verdadeiro sentido do Décimo Terceiro Princípio.


  • 20 – Mantenha-se sempre Atento, Diligente e Capaz na sua busca do Caminho.


O vigésimo princípio diz respeito à conduta a ser adotada pelo individuo que pretende seguir no caminho das artes marciais em especial o Karatê, manter-se no caminho, no caminho não só dos treinamentos, mas de tudo que envolve a filosofia da arte marcial, a disciplina nos treinamentos, na vida, a perseverança perante as dificuldades, a vontade de melhorar a cada dia, o anseio, a busca incessante pelo caminho, inúmeros mestres de artes marciais relatam que encontraram respostas para seus questionamentos somente depois de muitos anos de prática, e ainda assim compreenderão que pouco sabiam e que muito mais ainda tinham que aprender, portanto manter-se sempre atento diz respeito não só ao combate, mas a vida, manter-se atento para não desviar-se dos princípios da arte marcial, não desviar-se do caminho da justiça que é o que prega o Karatê, manter-se diligente e capaz, buscando a cada dia o caminho.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A História do Karate em Santa Catarina
Por Georgia Cubas, Timbó, SC
O Karate teve como berço a ilha de Okinawa, no arquipélago de Ryo-Kyo ao sul do Japão. No final da Dinastia Ming Okinawa passoua ser dominada pelo Japão que, para evitar a reação do povo nativo proibiu o uso de armas. Sob pressão militar, a população buscou nos utensílios de uso cotidiano e no próprio corpo, meios de defesa.
Surgiram então os primeiros indícios da arte marcial, no início chamda de “Tode”. Devido à sua localização geográfica, Okinawa recebia comerciantes e visitantes de várias partes do continente. Nessa época o “Tode” (karate primitivo) era influenciado pelas artes de luta praticadas principalmente na China.
O Karate deixou de ser ensinado apenas de modo secreto, e em 1916 mestre Funakoshi fez a primeira demonstração pública fora de Okinawa. Funakoshi é considerado o pai do Karate moderno, por tê-lo aperfeiçoado técnica, literal e filosoficamente.
O Karate chegou ao Brasil com os imigrantes japoneses em 18 de junho de 1908, quando o navio Kasato Maru chegou em Santos, São Paulo. A colônia se instalou primeiro no interior de São Paulo. Os professores vindos da Terra-mãe (Japão), ensinavam a arte das mãos vazias (Karate) aos jovens japoneses e aos poucos aos brasileiros que se interessavam em aprender.
Em 15 de janeiro de 1954 o Mestre Yoshihide Shinzato imigrou para o Brasil e ministrou as primeiras aulas de Karate em sua casa, e no dia 25 de janeiro fez a primeira demonstração de karate no Parque do Ibirapuera em São Paulo.
Em 1956 o professor Mitsusuke harada organizou a primeira academia no centro da capital paulista. Harada portava o 5º. Dan outorgado diretamente pelo criador do estilo Shotokan, Gishin Funakoshi.
A história do Karate Shotokan em Santa Catarina começou com a chegada do mestre Shigeru Sogo, vindo do Japão para o Brasil em 1961. Sogo Sensei instalou-se inicialmente no Rio Grande do Sul, onde morou por 8 anos, vindo em seguida a se fixar em Santa Catarina, no início da década de 70.
Shigeru Sogo nasceu no dia 21 de setembro de 1936 na cidade de Osaka. Estudou na famosa Universidade Takushoku (Takudai), reduto de grandes nomes do Karate mundial, onde se formou em Administração. Durante seu período como universitário praticou Karate sob a tutela do grande mestre Masatoshi Nakayama.
Inicialmente em Blumenau, Sogo Sensei ministrava aulas de Karate Shotokan e Shorinji Kenpo nas academias Samurai, no Centro e no bairro Ponta Aguda. Daquela época permanece o seu aluno mais antigo, o professor Ademar Rulenski.
Em 1973,  Sogo Sensei foi para Florianópolis, dando aulas no Clube 12 de Agosto, situado na avenida Hercílio Luz. Nessa época iniciaram-se nos treinamentos os irmãos Antônio e Anísio Feitosa, que durante muitos anos foram referência para os praticantes de Karate-Do em Santa Catarina.
Posteriormente, Sogo Sensei fundou a academia Budokan e mudou-se para a sede do Diretório Central dos Estudantes, na rua Álvaro de Carvalho, onde atualmente funciona a academia Wadokan.
Ao longo dos anos, Sogo Sensei ministrou aulas também na Polícia Militar do Estado de Santa Catarina e na Base Aérea de Florianópolis. Com seu conhecimento e influência apoiou a vinda de grandes mestres a Santa Catarina como, por exemplo, Tadashi Takeuchi, Yasutaka Tanaka, Yasuyuki Sasaki e Juichi Sagara.

Sogo Sensei retornou ao Japão em 1988, deixando seus alunos mais antigos como responsáveis pela continuidade de seu trabalho.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O Universo das Lutas e O profissional de Educação Física

O Universo das Lutas e O profissional de Educação Física

Quando se pensa em um médico, vem à imagem de uma pessoa com um jaleco branco, quando se pensa em um policial logo vem na nossa mente a farda militar. E quando se pensa em um profissional da área de Educação Física? Muitas vezes aparece na mente um homem ou uma mulher de agasalho, apito e cronometro na mão, o que não está errado. Porém os tempos são outros e os profissionais de Educação Física estão assumindo cada vez mais na sociedade um papel de educar o comportamento das pessoas, buscando melhor qualidade de vida e acima de tudo saúde.
            Essa melhor qualidade de vida e saúde está diretamente associada à boa alimentação e a prática regular de atividade física, o profissional de Educação Física está inserido em vários meios onde pode atuar para o condicionamento físico, qualidade de vida e saúde das pessoas. Um dos meios que está crescendo e se desenvolvendo em grande velocidade, são as lutas e artes marciais, que estão longe de proporcionar violência, está se acabando o preconceito com essas práticas. Hoje se sabe que artes marciais nas escolas proporcionam um desenvolvimento, físico e psicológico nas crianças e adolescentes. Adultos estão praticando buscando a saúde e bem estar. Poucas atividades são tão completas como as lutas, melhora a respiração, flexibilidade, postura, coordenação motora, além de transmitir conceitos de concentração, disciplina e respeito. Segundo o médico do esporte Gustavo Magliiocca e lutadores de MMA como Demian Maia e Daniel Serafian, as artes marciais ajudam a emagrecer e ganhar massa muscular, o que muitas pessoas procuram em academias com os profissionais de Educação Física.
            Percebe-se claramente a importância de praticar exercícios físicos, as lutas e artes marciais são ótimas oportunidades de conhecer seu corpo e trabalhar da melhor forma para conquistar um corpo bonito e acima de tudo, saúde e qualidade de vida, porém é importante ressaltar que não se deve praticar lutas e artes marciais sem alguém capacitado para ministrar a aula como um bom profissional da área de Educação Física.




Referência:



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Judô X Jiu-Jitsu

Judô X Jiu-Jitsu

              Jiu-jitsu é uma arte marcial que utiliza golpes de articulação, como torções de braço, tornozelo e estrangulamentos, para imobilizar o oponente. Inclui também quedas, golpes traumáticos e defesas pessoais, como saídas de gravata, esquivas, contra-golpes etc.
O Jiu-jitsu não persegue, apenas, um ideal de defesa pessoal ou o ouro nas competições. Muito mais que isso, engloba um conjunto de conhecimentos que transportam o Budo, essa quintessência das artes marciais do oriente. Ao apresentar-se, o principiante busca, normalmente, aprender as técnicas que lhe permitam defender-se eficientemente de eventuais agressões físicas. Mas também, muito normalmente, ele perde o auto-controle se for agredido moralmente. Já o iniciado, o graduado, deverá perseguir o Budo desenvolvendo um equilíbrio entre a sua parte física e a mental, buscando atingir um profundo auto-conhecimento. À medida que o iniciado progride na escala hierárquica, deverá, cada vez mais, dominar-se a si mesmo, da mesma forma que pode dominar seus adversários; deverá, cada vez mais, concentrar-se no desenvolvimento de sua harmonia interior e na sua interação e integração com o Universo.
O judô é uma luta que exige muito coordenação motora e um bom repertório de movimentos. Isto reflete no seu trabalho mental. Você tem que pensar rapidamente e se antecipar ao movimento que o seu oponente vai realizar. Através da prática, de métodos de ataque e defesa, ou do treino do corpo para o cultivo da mente, podemos dominar o princípio ou essência desta arte, que é o caminho da delicadeza, ou o princípio de todas as artes e da própria vida. O Judô tem como alicerce os três princípios filosóficos definidos por Jigoro kano que, como ditado por ele mesmo evidenciam a principal diferença entre o JUDÔ KODOKAN e o antigo Jiu-jitsu : ” o Judô pode ser resumido como a elevação de urna simples técnica a um principio de viver” (Jitsu = técnica; Do = princípio). Esses princípios, mesmo não sendo conscientemente esclarecidos e compreendidos, estão presentes em todos os atos e atividades do praticante de judô. Por outro lado, quando o praticante tiver fixado e tomar consciência dos princípios que norteiam o judô, pode-se verificar que não são restritos ao Dojô, mas são igualmente válidos em qualquer atividade da vida diária, quando se pretende atingir um determinado objetivo.
Os três princípios do judô são :
JU = suavidade
SEIRYOKU-ZEN-YO = máxima eficiência com mínimo esforço
JITA-KYOEI = bem estar e benefícios mútuos


Ler mais: 
http://jiu-jitsujudo.webnode.com.br/filosofia/

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Quem Quiser dar uma Olhadinha Também um Documentário sobre a História do jiu-jitsu Exibido Pela History Channel, Bem interessante!!! Grande Abraço!

http://www.youtube.com/watch?v=GA_Sy_gbV-E
Bom Pessoal no Post desta semana, estaremos falando um pouquinho da História da Família Gracie, esta que foi a percursora do Jiu -Jiu-jitsu no Brasil,


A origem de jiu-jitsu
"Há muitas opiniões a respeito da origem e da terra natal do Ju Jutsu, mas agora se sabe que são meras suposições, baseadas em narrativas relacionadas com a fundação de certas escolas ou com alguns registros ou gravuras incidentais, encontrados em antigos manuscritos, não só no Japão mas, também, na China, Pérsia, Alemanha e Egito. Não há registro pelo qual se possa estabelecer, de modo conclusivo, as origens do Ju Jutsu. Seria lógico, porém, admitir que, desde sua criação, o homem, com seu instinto de autopreservação, teve de lutar pela sobrevivência e, para isso, foi inspirado a desenvolver uma arte ou habilidades que aprimorassem o mecanismo do corpo. Em tais esforços, o desenvolvimento pode ter tomado várias direções, segundo a condição de vida ou circunstâncias tribais. Sendo, porém, o objetivo final e o mecanismo do corpo comuns a todos, os resultados não poderiam ter sido muito diferentes uns dos outros. Sem dúvida, essa é a razão pela qual encontramos, em várias partes do mundo, registros a respeito da prática de artes semelhantes ao Ju Jutsu e, também, uma falta de registros acerca de sua origem."
Sensei G. Koizumi, Kodokan 7º Dan
A conexão gracie
Quando os dias dos samurais chegaram ao fim, a arma de fogo substituiu a espada, e foram desenvolvidos novos métodos esportivos para praticar as artes marciais. Finalmente, apareceram no Japão numerosas e diferentes variações de jiu-jítsu, incluindo-se caratê, aikidô e judô. Mas faltavam a essas artes as partes essenciais que a arte completa do jiu-jítsu originalmente possuía.
Essa perda de realidade criou anos de confusão na comunidade de artes marciais, uma confusão a que o legendário Bruce Lee se referiria, mais tarde, como a "bagunça clássica". Bruce Lee era de fato um aluno de judô e, durante sua vida, fez muitos estudos sobre a luta corporal. Ele criticou as artes marciais tradicionais como sendo ineficazes. As mais tradicionais escolas de combate estavam simplesmente praticando técnicas não mais apropriadas para o combate nos tempos modernos e, sem meios de testá-las com segurança, a prática dessas artes tornou-se algo parecido como nadar sem água.
Foi só depois que a arte desportiva do judô e a arte combativa do jiu-jítsu foram ensinadas à família Gracie no Brasil, que a verdadeira arte do jiu-jítsu ressuscitou. O jiu-jítsu japonês (praticado como judô) foi apresentado à família Gracie, no Brasil, ao redor de 1914, por Esai Maeda, também conhecido como Conde Koma. Maeda era campeão de jiu-jítsu e discípulo direto de Kano, na Kodokan do Japão. Nasceu em 1878, e tornou-se aprendiz de judô (o jiu-jítsu de Kano) em 1897.
Em 1914, Maeda teve a oportunidade de viajar para o Brasil, como parte de uma grande colônia de imigração japonesa. No Pará, estado brasileiro da região norte, tornou-se amigo de Gastão Gracie, empresário influente que ajudou Maeda a estabelecer-se. Para demonstrar sua gratidão, Maeda prontificou-se a ensinar o jiu- jitsu japonês tradicional a Carlos Gracie, filho mais velho de Gastão. Carlos aprendeu por alguns anos e, depois, passou seu conhecimento para os irmãos.
Helio Gracie, o mais novo dos oito filhos (três eram meninas) de Gastão e Cesalina Gracie, sempre havia sido uma criança fisicamente delicada: subia um lance de escadas e tinha vertigens, ninguém sabia por quê.
Aos 14 anos, ele foi morar com seus irmãos mais velhos, que moravam numa casa em Botafogo, bairro do Rio de Janeiro, onde ensinavam jiu-jítsu. Por recomendações do médico, Helio passou os próximos anos limitado apenas a observar as aulas dadas por seus irmãos.
Certo dia, quando Helio tinha 16 anos, um aluno chegou para tomar aula com Carlos, que havia saído. Helio, que tinha memorizado todas as técnicas ao assistir seus irmãos ensinando, ofereceu-se para começar a aula. Quando a lição terminou, Carlos chegou, pedindo desculpas pelo atraso. O aluno respondeu: "Não se preocupe. Gostei muito da aula com Helio. Se você não se importar, eu gostaria de ter aulas com ele de hoje em diante." Carlos concordou, e Helio tornou-se professor.
O nascimento do gracie jiu-jitsu
Helio logo percebeu que, devido a seu físico frágil, não conseguia executar facilmente a maioria das técnicas que havia aprendido ao observar as aulas de Carlos. Com a determinação de executá-las eficientemente, começou a modificá-las para que se adaptassem à sua frágil constituição física. Enfatizando os princípios de alavanca e a escolha do momento certo, sobre a força e a velocidade, Helio praticamente modificou todas as técnicas e, por meio de tentativas e erros, criou o Gracie Jiu-Jitsu, o Jiu-Jítsu Brasileiro.
Para provar a eficácia de seu novo sistema, Helio desafiou publicamente todos os praticantes de artes marciais mais respeitáveis do Brasil. Participou de 18 lutas, incluindo desafios contra o antigo campeão mundial peso pesado de luta-livre, Wladek Zbyszko, e o segundo maior judoka do mundo na época, Kato, a quem Helio estrangulou e deixou desacordado após 6 minutos de combate. Sua vitória contra Kato qualificou-o para subir no ringue contra o campeão mundial Masahiko Kimura, quase 35 quilos mais pesado. Kimura ganhou a luta, mas ficou tão impressionado com as técnicas de Helio, que lhe pediu que fosse ensinar no Japão, admitindo que aquelas técnicas que Helio apresentara durante a disputa não existiam no Japão. Era o reconhecimento do melhor do mundo à dedicação de Helio ao refinamento da arte.
Aos 43 anos, Helio e seu adversário Waldemar Santana, um ex-aluno, bateram o recorde mundial do mais longo combate de vale-tudo da história, quando lutaram, incrivelmente, durante 3 horas e 40 minutos, sem intervalos!
Helio, amplamente considerado o primeiro herói do esporte na história brasileira, também desafiou ícones do boxe, como Primo Carnera, Joe Louis e Ezzard Charles. Todos recusaram.
Uma lenda contemporânea, Helio Gracie conquistou aclamação internacional por sua dedicação à divulgação da arte e da filosofia do Gracie Jiu-Jitsu. Devotado à família, um exemplo de vida saudável, Helio Gracie foi um símbolo de coragem, disciplina e determinação, e uma inspiração para todos os que o conheceram.
A academia
Ainda muito jovem, Helio Gracie aprendeu com Carlos, seu irmão mais velho, as técnicas japonesas tradicionais de jiu-jítsu. No final dos anos de 1920, ele começou a modificar essas técnicas para adaptá-las ao seu físico frágil, com o objetivo de desenvolver um sistema que lhe permitisse defender-se de adversários fisicamente superiores. Após anos de aperfeiçoamento, ele provou a eficácia de sua arte ao derrotar rotineiramente oponentes mais corpulentos e mais fortes, alguns mais pesados do que ele em até 45 quilos. Resultado: as técnicas de Helio tornaram-se rapidamente a nova expressão do jiu-jítsu no Brasil e abriram o caminho para uma revolução nas artes marciais em todo o mundo.
Em 1967, sob a orientação do Grande Mestre Helio Gracie, praticantes de jiu-jítsu criaram a primeira Confederação de Jiu-Jítsu no Brasil, para sediar competições recreativas, em que pudessem testar suas habilidades de autodefesa num ambiente seguro. Uma decorrência não premeditada desse desenvolvimento foi que o jiu-jítsu para autodefesa foi substituído por técnicas e aplicações mais desportivas. A excitação e o divertimento de um campeonato, ligados ao prestígio que acompanha as vitórias nas competições, motivaram a imensa maioria dos professores a se concentrarem inteiramente na preparação de seus alunos para os torneios. Eles dedicaram suas sessões de treinamento ao desenvolvimento de técnicas que os levariam à vitória, baseadas no sistema de contagem de pontos, regras e categorias de peso que governavam o jiu-jítsu desportivo. Infelizmente, a epidemia dos campeonatos teve conseqüências nefastas. Ela enfraqueceu a eficácia da arte, porque a maioria das técnicas de jiu-jítsu desportivo tinha pouca ou nenhuma aplicação em uma luta real. Ainda pior: aperfeiçoando as técnicas desportivas, o aluno freqüentemente desenvolvia reflexos que poderiam ser desastrosamente contraproducentes em uma situação de autodefesa na rua. Nada disposto a comprometer os princípios fundamentais de sua arte, Helio retirou-se da Confederação.
Em 1978, Rorion Gracie, filho primogênito de Helio, deixou o Brasil e viajou para os Estados Unidos, a fim de compartilhar as técnicas de seu pai com o resto do mundo. Logo ao chegar, notou que a maioria dos americanos não reconhecia a eficácia do jiu-jítsu. Mesmo os que tinham conhecimento de artes marciais confundiam o sistema da família Gracie com o jiu-jítsu japonês tradicional, que estava presente nos Estados Unidos desde os anos de 1950. Para ressaltar a distinção entre as duas disciplinas, Rorion registrou o nome "Gracie Jiu-Jitsu".
Rorion passou muitos anos ensinando em sua garagem, enquanto fazia uma campanha solitária objetivando abrir os olhos dos praticantes de artes marciais americanos para a simplicidade e a eficácia do Gracie Jiu-Jitsu. Ele chegou à conclusão de que, apesar de seus esforços incansáveis e constantes, precisaria de um meio mais poderoso e visível para provar a superioridade do Gracie Jiu-Jitsu sobre todas as outras artes marciais. Para consegui-lo, criou o Ultimate Fighting Championship, ou UFC. Esse espetáculo pay-per-view de televisão chocou o mundo das artes marciais, quando seu irmão Royce usou as técnicas simples do Gracie Jiu-Jitsu para derrotar repetidamente adversários mais corpulentos e atléticos, munidos de uma ampla variedade de habilidades em artes marciais.
O êxito do Gracie Jiu-Jitsu no UFC estimulou muitos praticantes do jiu-jítsu desportivo a deixar o Brasil para tirarem proveito da crescente demanda por instrução no Gracie Jiu-Jitsu. Devido a restrições legais ao uso do nome registrado "Gracie Jiu-Jitsu", tais professores começaram a usar o nome alternativo "Jiu-Jítsu Brasileiro".
A concorrência de professores de jiu-jítsu desportivo, muitos deles membros da extensa e ampliada família Gracie, levou à criação de numerosas escolas de jiu-jítsu nos Estados Unidos. Quase todas proclamavam ensinar o mesmo jiu-jítsu que o Grande Mestre Helio Gracie havia criado e que Royce empregara no UFC. Na verdade, a maioria ensinava uma versão modificada da arte, específica para competições esportivas. Alunos acorreram a essas escolas, esperando adquirir as habilidades realísticas de autodefesa que haviam visto no UFC, e frequentemente treinavam durante vários anos até perceberem, desapontados, que aquilo que estavam aprendendo tinha aplicação muito limitada na rua.
A demanda mundial por instrução no Gracie Jiu-Jitsu, ou no Jiu-Jítsu Brasileiro, continua a crescer com velocidade fenomenal – sem regulamentação. Como resultado, muitos praticantes de jiu-jítsu com níveis de habilidade amplamente diversificados, abriram escolas para tirar proveito dessa demanda. No melhor dos casos, tais professores autodesignados são praticantes competentes do jiu-jítsu desportivo. Na pior das hipóteses, são superficialmente qualificados, carecem de conhecimento profundo ou são, simplesmente, maus professores. Para enfrentar essa tendência preocupante, a Gracie Academy lançou o Global Training Program (“Programa de Treinamento Global”), com o objetivo de perpetuar as técnicas e os princípios do Gracie Jiu-Jitsu em sua forma mais pura: como método de autodefesa.
A dieta gracie
"Depois do divórcio de nossos pais, Carlos assumiu a liderança entre os irmãos. Primeiro professor e lutador da família, passou a ser nosso orientador. Quando mostramos nossas habilidades dentro do ringue como lutadores e professores, Carlos pôde nos confiar outras tarefas relativas ao ringue e passou a dedicar mais tempo a estudos esotéricos. Mergulhou numa variedade de assuntos relacionados à mente, ao corpo e ao espírito.
Carlos logo entendeu a relação fundamental entre saúde e performance no esporte. Para que estivéssemos prontos para defender o nome da família contra todos e a qualquer hora, era importante nos mantermos saudáveis. Essa foi sua maior motivação para se aprofundar no estudo da nutrição e do efeito dos diferentes alimentos no corpo humano. Percebendo que alimentos diversos podem causar reações químicas diferentes no organismo, Carlos focou seus estudos na combinação dos alimentos. Acreditava que, a cada refeição, os alimentos ingeridos deveriam "combinar" a fim de desencadearem reações químicas favoráveis. O objetivo principal era evitar a acidez do sangue para facilitar o processo digestivo, que é a atividade do corpo humano que requer maior consumo de energia. Embora nunca tivesse tido uma educação formal em Nutrição, Carlos se debruçou sobre o trabalho de inúmeros especialistas do mundo inteiro. Usando a si mesmo e a família como cobaias, dedicou sessenta e cinco anos de sua vida ao desenvolvimento e aperfeiçoamento da Dieta Gracie. Com o passar do tempo, testemunhei resultados surpreendentes do seu regime nutricional.
Quando se é jovem, aos vinte, trinta ou quarenta anos, é difícil sentir os efeitos dos hábitos alimentares indevidos. Escritas por jovens de aparência saudável, muitas dietas modernas alcançam credibilidade com base somente na teoria. Mas, se você está com quarenta anos e começa a seguir a dieta da moda, como vai saber o efeito dela sobre o seu organismo daqui a trinta ou quarenta anos? É impossível para os gurus de hoje provar a validade das suas teorias a longo prazo. Eles simplesmente não tiveram tempo suficiente para isso. O ideal é se informar sobre a dieta de alguém que conte setenta anos e que tenha seguido tal dieta por pelo menos trinta para, assim, poder comprovar a validade dos resultados prometidos. Infelizmente, não existem muitas pessoas saudáveis com setenta anos nos dias de hoje. No entanto, assim como temos demonstrado a eficácia de nosso sistema de autodefesa com fatos e não com teorias, sou a prova viva de que a Dieta Gracie funciona. Tenho seguido essas combinações alimentares por mais de setenta anos e hoje, com mais de noventa, desfruto de ótima saúde mental e física, o que me permite, entre outras coisas, continuar a ensinar e treinar.
Quero agradecer a influência positiva que recebi do meu querido irmão Carlos Gracie, que foi como um segundo pai para mim. Com ele aprendi os princípios filosóficos e os conceitos sobre saúde que sigo até hoje, assim como o jiu-jítsu japonês, que me serviu de base para desenvolver o Gracie Jiu-Jitsu – a arte marcial mais completa do planeta."
Para receber instrução detalhada, por meio de fotografias, em mais de 100 técnicas de autodefesa e conhecer a história da Família Gracie e o desdobramento completo da Dieta Gracie – incluindo tabelas de combinação dos alimentos e uma sugestão de menu semanal – solicite hoje sua cópia do livro "Gracie Jiu-Jitsu".


Alimentos da Dieta Gracie: